terça-feira, 22 de maio de 2012

Crônica: A casa das ilusões perdidas




Os alunos do 2º B, orientados pela professora Neara ( Língua Portuguesa) apresentam, crônicas em sala de aula de forma criativa. Cada equipe apresentava uma crônica , um aluno faz o narrador e os demais os personagens , de acordo com a crônica .
Autor: Moacir Scliar
Crônica : A casa das ilusões perdidas 
Alunos :Narcílio , Carla Daniela e Patrícia Maia  


Clique aqui e confira a crônica na íntegra.
A casa das ilusões perdidas


    "Quando ela anunciou que estava grávida, a primeira reação dele foi de desagrado, logo seguida de franca irritação.Que coisa, disse, você não podia tomar cuidado, engravidar logo agora que estou desempregado, numa pior, você não tem cabeça mesmo, não sei o que vi em você, já deveria ter trocado de mulher havia muito tempo. Ela naturalmente , chorou, chorou muito. Disse que ele tinha razão, que aquilo fora uma irresponsabilidae , ma mesmo assim queria ter o filho. Sempre sonhara com isso, com a maternidade _ e agora que o sonho estava prestes a se realizar, não deixaria que ele se desfizesse.

     __ Por favor, suplicou. ___Eu faço tudo que você quiser, eu dou um jeito de arranjar trabalho, eu sustento o nenê, mas , por favor me deixe ser mãe.Ele disse que ia pensar. Ao fim de três dias daria a resposta. E sumiu.

     Voltou, não ao cabo de três dias , mas de três meses. Àquela altura ela já estava com uma barriga avantajada que tornava impossível o aborto; ao vê-lo, esqueceu a desconsideração, esqueceu tudo__ estava certa d eque ele vinha com a mensagem que tanto esperava, você pode ter o nenê, eu ajudo você a criá-lo. Estava errada . Ele vinha , sim , dizer-lhe que podia dar a luz a criança ; mas não para ficar com ela . Já tinha feito o negócio :trocariam o recém -nascido por uma casa . a casa que não tinham e que agora seria o lar deles, o lar onde agora ele prometia_ ficariam para sempre.

 Ela ficou desesperada. de novo caiu em prantos, de novo implorou. Ele se mostrou irredutível. E ela , como sempre, cedeu.Entregue a criança, foram visitar a casa. era uma modesta construção num bairro popular. Mas era o lar prometido e ela ficou extasiada. ali mesmo , contudo, fez uma declaração: __Nós vamos encher esta casa de crianças. Quatro ou cinco, no mínimo.
ele não disse nada , mas ficou pensando. Quatro ou cinco, no mínimo. Ele não disse nada , mas ficou pensando. quatro ou cinco casas , aquilo era um bom começo"






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